quinta-feira, 23 de abril de 2015

Museu de Ciências Naturais - MUCIN - CECLIMAR



BOM DE VISITAR 




MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS (MUCIN)  CECLIMAR






Para quem gosta de apreciar e quer conhecer mais de perto as belezas da natureza, o Museu de Ciências Naturais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, MUCIN, apresenta, desde fevereiro de 2015, a exposição "Litoral Norte: suas belezas e fragilidades".


A exposição pretende mostrar as riquezas da biodiversidade do litoral norte, mas também expor suas fragilidades, propondo uma reflexão sobre as relações do homem com os ecossistemas.









A grande atração do Museu, desde janeiro de 2013, é o esqueleto de uma baleia jubarte, de 12,7 metros de comprimento.  O cetáceo, que encalhou na praia de Capão da Canoa em agosto de 2010, morreu apesar da tentativa de salvamento. O esqueleto, sustentado por cabos, é o primeiro esqueleto completo de um animal dessa espécie montado no Rio Grande do Sul.









Os aquários mostram exemplares de espécies que povoam a bacia hidrográfica do rio Tramandaí.





















O Museu de Ciências Naturais da UFRGS - MUCIN - está localizado no Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos - CECLIMAR, em Imbé, na Av. Tramandaí, 976, às margens da Laguna Tramandaí, e pode ser visitado de terças a sextas-feiras, das 8h30 às 11h30 e das 14 às 17 horas. Aos sábados e domingos, das 14h30 às 17 horas, de março a dezembro. Em janeiro e fevereiro, o horário é reduzido: de terças a domingos, das  15 às 19 horas. 
Os ingressos custam R$5,00; estudantes pagam meia, e idosos e crianças até 6 anos não pagam. 







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domingo, 19 de abril de 2015

Manuel Bandeira - 129 anos


BOM DE LER



Para lembrar o poeta MANUEL BANDEIRA, que hoje completaria 129 anos





Há 129 anos, num distante 19 de abril, nascia em Recife, no litoral pernambucano, o poeta, prosador, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor Manuel Bandeira (1886 - 1968). 

O pai criou-o para que fosse arquiteto, mas a tuberculose não permitiu que ele concluísse os estudos. Em tratamento na Suíça, conheceu, em 1913, no mesmo sanatório, o poeta francês Paul Éluard, que o colocou a par das inovações na poesia europeia. 

Por conta da tuberculose, o país perdeu um arquiteto, mas, em contrapartida, ganhou um poeta lírico, que, com estilo simples e direto, veio a se tornar o mestre do verso livre no Brasil.

Ainda que às vezes utilizasse uma abordagem irônica e formas em desacordo com as tradições acadêmicas, o poeta pernambucano era profundo conhecedor de Literatura e bebia na fonte das tradições clássicas e medievais.

A preocupação constante com sua saúde e com a fragilidade de seus pulmões, aliada a sucessivas perdas familiares, fez com que as temáticas da angústia, da morte, da nostalgia e da solidão estivessem presentes em sua obra. No entanto, o amor, o erotismo, a infância e o cotidiano também se fazem presentes em sua poesia, mas expressos com melancolia.

Abaixo, um poema retirado do livro "A Cinza das Horas", publicado em 1917, em que o poeta mostra, melancolicamente, as múltiplas faces do amor e sua efemeridade, passando do amor ao desamor. 


Chama e fumo


Amor - chama, e, depois, fumaça...
Medita no que vais fazer:
O fumo vem, a chama passa...

Gozo cruel, ventura escassa,

Dono do meu e do teu ser,
Amor - chama, e, depois, fumaça...

Tanto ele queima! e, por desgraça,

Queimando o que melhor houver,
O fumo vem, a chama passa...

Paixão puríssima ou devassa,

Triste ou feliz, pena ou prazer,
Amor - chama, e, depois, fumaça...

A cada par que a aurora enlaça,

Como é pungente o entardecer!
O fumo vem, a chama passa...

Antes, todo ele é gosto e graça.

Amor, fogueira linha a arder!
Amor - chama, e, depois, fumaça...

Porquanto, mal se satisfaça

(Como te poderei dizer?...),
O fumo vem, a chama passa...

A chama queima. O fumo embaça.

Tão triste que é! Mas... tem que ser...
Amor?... - chama, e, depois, fumaça:
O fumo vem, a chama passa...

Teresópolis, 1911




                           

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sábado, 18 de abril de 2015

Monteiro Lobato - 133 anos



BOM DE LER ... E SONHAR



MONTEIRO LOBATO






Há 133 anos, nascia, em Taubaté , interior do estado de São Paulo,  José Renato Monteiro Lobato.

Contista, ensaísta, editor e tradutor, Monteiro Lobato (1882 - 1948) formou-se em Direito e atuou como promotor público até receber uma herança do avô e tornar-se fazendeiro, mas foi como escritor que ele ficou conhecido. Era um nacionalista convicto, e sua literatura tinha um cunho social.

Foi um dos primeiros autores de Literatura Infantil no Brasil e o primeiro a incluir em suas obras elementos da cultura brasileira, linguagem regional e lendas do folclore nacional. 
Mais da metade de seus livros são destinados ao leitor criança, por isso o Dia Nacional do Livro Infantil é comemorado em 18 de Abril, dia de seu aniversário.

O livro que lançou Monteiro Lobato no cenário da Literatura Infantil foi "A menina do narizinho arrebitado", publicado em 1920, obra que deu origem à personagem Lúcia, mais conhecida como Narizinho do "Sítio do Pica-pau Amarelo". 





O cenário criado por Lobato é um sítio do interior do Brasil, onde vive Dona Benta, que recebe seus netos Pedrinho e Narizinho nas férias escolares, e a empregada Tia Nastácia. Essas personagens foram complementadas por outras, criadas pela imaginação das crianças na história, entre elas uma boneca de pano com sentimentos e ideias irreverentes chamada Emília; o Visconde de Sabugosa, um aristocrático sabugo de milho; o porco Marquês de Rabicó e o rinoceronte Quindim. 

As histórias do "Sítio do Pica-pau Amarelo" misturam a realidade contada por Dona Benta e Tia Nastácia com a fantasia de um mundo inventado pelas personagens crianças. Afinal, como dizia o escritor paulista, "tudo tem origem nos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos".


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Dia Nacional do Livro Infantil


BOM DE LER ... E SONHAR



18 de Abril - Dia Nacional do Livro Infantil



Uma homenagem aos escritores e ilustradores brasileiros de livros infantis, que   encantam pequenos e grandes leitores não deixando morrer a fantasia, e assim tornam a vida mais bela.







O JOGO DA FANTASIA

                          (Elias José)


Se digo a palavra MÁ,
de medo, me arrepio.
É uma palavra tão pequena,
mas se entra em cena
dá um vazio!...

Mas se, num passe de mágica,
escrevo MÁ,
risco o acento e, no momento,
rabisco um R no final,
fico mudo e muda tudo.
É uma pitada de nada,
mas a palavra MAR se agita,
e a natureza fica mais bonita.
E as águas vêm e vão, vão e vêm,
em som em sal em sol em cor
no corpo em festa.

Se me canso de nadar,
deito-me na areia e recomeço o jogo.
Escrevo MAR e um A no começo
e um AMAR muda tudo devagarinho...
E basta olhar nos olhos de alguém
para um sonoro e macio e livre passarinho
se por a voar a voar a voar...

Mas se de AMAR eu inventar outro jogo,
começando pelo fim,
uma RAMA brota e envolve toda a praia.
E é bom ver o verde, um verde bom
de ver de verdade.

Depois jogo com as sílabas
e um ar arisco risca meu corpo.
E aí MARA aparece e me diz:
- Bom dia!
Já não é a colega de escola,
vira fada que conta história,
sereia que enche o ar de música,
cores, feitiço e alegria.

E a palavra MÁ sai da memória.
E no jogo se mistura a fantasia:
é mar
           é ar,
                        é rama,
            é amar Mara.






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terça-feira, 14 de abril de 2015

Exposição "Iberê e seu Ateliê"


BOM DE VER


FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO


Foi aberta na sexta-feira, 03 de abril, no segundo pavimento da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, a exposição "Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares".




Com curadoria de Paulo Gomes, professor do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS, a mostra está organizada em módulos que exploram os três gêneros mais presentes na obra do artista gaúcho Iberê Camargo (1914 - 1994): paisagem (lugares), natureza-morta (coisas) e figuras (pessoas), além dos autorretratos e dos ateliês.


Vista geral da exposição




O curador, Paulo Gomes, junto ao óleo sobre tela de 1992, "Tudo é falso e inútil IV"


Com mais de 100 obras, entre desenhos, pinturas e gravuras, a exposição tem como objetivo mostrar o artista como um operário da arte, que trabalhou exaustivamente, sempre em busca da melhor expressão.


Iberê em seu ateliê



 
Pintor e manequim, 1986, óleo sobre tela, Coleção Maria Coussirat Camargo, Fund.Iberê Camargo,              Porto Alegre


Autorretrato, 1947, óleo sobre tela, Coleção Maria Coussirat Camargo, Fund. Iberê Camargo, Porto Alegre


Retrato (Jane e Mariza), 1987, óleo sobre tela, Coleção Maria Coussirat Camargo, Fund. Iberê Camargo,       Porto Alegre


Retrato de Maria Coussirat Camargo, 1940, grafite sobre papel, Coleção Maria Coussirat Camargo,                            Fund. Iberê Camargo, Porto Alegre


Série Ciclistas, 1990, óleo sobre tela, Coleção Maria Coussirat Camargo, Fund. Iberê Camargo, Porto Alegre


Sem título, 1956, óleo sobre tela, Coleção Maria Coussirat Camargo, Fund. Iberê Camargo, Porto Alegre


Natureza-morta 9, 1953, água-forte e água-tinta, Coleção Maria Coussirat Camargo, Fund. Iberê Camargo, Porto Alegre


Carretéis, 1959, água-tinta (crayon litográfico e processo do açúcar),  Coleção Maria Coussirat Camargo, Fund. Iberê Camargo, Porto Alegre

Outono no Parque da Redenção, 1988, óleo sobre tela, Coleção Maria Coussirat Camargo, Fund. Iberê Camargo,  Porto Alegre




A Fundação Iberê Camargo fica na Av. Padre Cacique, nº 2000, em Porto Alegre, e a exposição pode ser visitada até o dia 03 de abril de 2016, de terças a domingos, das 12 às 19 horas. A entrada é gratuita.
O estacionamento, no sub-solo, é pago. O acesso é feito pela pista da direita da avenida Padre Cacique.




Aproveite para apreciar também a bela paisagem do entorno da Fundação Iberê Camargo, através das aberturas junto à rampa.



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segunda-feira, 13 de abril de 2015

ORQUESTRA DE CÂMARA DA ULBRA - Domingo Clássico Juvenil


BOM DE OUVIR


DOMINGO CLÁSSICO JUVENIL




Ontem, às 19 horas, a Orquestra de Câmara da ULBRA, sob a regência do maestro Tiago Flores, brindou a plateia que lotou o salão da Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre, com o primeiro concerto de 2015 do projeto Domingo Clássico Juvenil.




O programa iniciou com o Prelúdio das "Bachianas Brasileiras nº 4", de Heitor Villa-Lobos, seguido do "Concerto para Orquestra de Cordas", do português Joly Braga Santos, obra executada pela primeira vez no Brasil.




Após o intervalo, foram executados o Prelúdio e Fuga das "Bachianas Brasileiras nº 9" e as "Bachianas Brasileiras nº 5". Para a execução dessa última, a Orquestra contou com a excelente interpretação da soprano Elisa Machado como solista.

Encerrando o espetáculo, a Orquestra tocou "Frevo", composição para orquestra de cordas de Arthur Barbosa, que contagiou a plateia com seu ritmo leve e alegre. 


A próxima edição do Domingo Clássico Juvenil, executado pela Orquestra de Câmara da ULBRA, está marcada para o dia 17 de maio e será "Concerto Barroco", com a participação de Rodrigo Calveyra na flauta doce como solista.



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domingo, 12 de abril de 2015

Exposição MARINO MARINI - Fundação Iberê Camargo


BOM DE VER




FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO



Abriu ontem, 11 de abril, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, a exposição "Marino Marini, do arcaísmo ao fim da forma", com a presença do curador Alberto Salvadori, diretor artístico do Museo Marino Marini, em Florença, Itália.






A mostra reúne 80 peças, do período de 1930 a 1970, de Marino Marini (1901 - 1980), um dos principais nomes da arte moderna italiana do século XX, e tem como objetivo oferecer um percurso da trajetória do artista. 

Três temáticas tiveram particular importância para o artista: o retrato, a Pomona e os cavaleiros, além da temática do circo. O retrato representa os valores humanos, as Pomonas são a encarnação do eterno feminino, e o cavaleiro e o cavalo, que estão desde os anos 1930 na produção do artista, são o tema pelo qual ele ficou mais conhecido. Alguns trabalhos dessa temática lembram obras do artista gaúcho Vasco Prado (1914 - 1998).


Vista do átrio da Fundação Iberê Camargo, com a escultura Grande Cavalo ao fundo



Grande Cavalo, prêmio de melhor escultura na Bienal de Veneza de 1952.
 Comprada pelo ítalo-brasileiro Ciccillo Matarazzo no mesmo ano, a obra pertence ao acervo do MAC-USP de São Paulo.


Ritratto femminile, 1920, carvão sobre papel, Coleção Fondazione Marino Marini, Pistoia, Itália


Ritratto di Marc Chagall, 1962, bronze. Coleção Fondazione Marino Marini, Pistoia, Itália

Pomona, 1950, óleo sobre tela, Coleção Fondazione Marino Marini, Pistoia, Itália


Giovinetta, 1938, bronze, Coleção Museo Marino Marini, Florença, Itália


Cavaliere, 1949-1950, bronze. Coleção Museo Marino Marini, Florença, Itália


Cavallo, 1952, bronze. Coleção Fondazione Marino Marini, Pistoia, Itália


Orfeo, 1956, óleo sobre papel colado sobre tela. Coleção Museo Marino Marini, Florença, Itália









A Fundação Iberê Camargo fica na Av. Padre Cacique, 2000, e esta mostra, que é a maior exposição de Marino Marini fora da Itália, pode ser visitada até 21 de junho de 2015, de terça a domingo das 12 às 19 horas, inclusive feriados . A entrada é gratuita.
O estacionamento, no sub-solo, é pago; acesso pela pista da direita da Av. Padre Cacique, junto ao Guaíba.




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sexta-feira, 10 de abril de 2015

Exposição "Mater Fecunda"- Pinacoteca Aldo Locatelli


BOM DE VER



PINACOTECA ALDO LOCATELLI





Para marcar os 243 anos de Porto Alegre, a equipe da Pinacoteca Aldo Locatelli organizou a Exposição Mater Fecunda,  composta de mais de 30 pinturas, entre paisagens, retratos e naturezas-mortas pertencentes ao seu acervo, produzidas de 1884 a 1943.






Sala Aldo Locatelli



Libindo Ferrás (POA 1877 - RJ 1951), Mater Fecunda, 1914, óleo sobre tela



Francis Pelichek (Praga, 1896 - POA, 1937), Velho chimarreando, óleo sobre tela



Adolfo Fonzari (Itália, 1880-1959), Natureza Morta, s/d, óleo sobre tela




Libindo Ferraz (POA, 1877 - RJ, 1951), Riacho, s/d, óleo sobre tela




Pedro Weingärtner (POA, 1853 - 1929), Barra do Ribeiro, 1918, óleo sobre madeira



Enrico Ravetta (Milão, 1864-1939), Retrato de Júlio de Castilhos, 1906, óleo sobre tela



A Pinacoteca Aldo Locatelli fica no Paço Municipal, na Praça Montevidéu, 10, em Porto Alegre, e a exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas e das 13h30 às 18 horas, até 29 de maio de 2015. A entrada é gratuita.




Paço Municipal - Praça Montevidéu, 10, Porto Alegre (RS)



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